Ensino

Áreas e Linhas de pesquisa

Epidemiologia e controle de agravos à saúde

Essa área de concentração abrange estudos epidemiológicos populacionais ou desenvolvidos na rotina dos serviços de saúde, podendo ou não estarem voltados para a vigilância à saúde. As pesquisas são desenvolvidas utilizando dados epidemiológicos de grupos populacionais, podendo incluir abordagens metodológicas que considerem categorias território/espaço, e têm como objetivo investigar determinantes ou analisar a dinâmica de transmissão de doenças transmissíveis visando subsidiar políticas e programas voltados à prevenção e controle de agravos à saúde, transmissíveis ou não.

Linhas de pesquisa:

 
  • A saúde das populações: Condições de vida, determinação social e vulnerabilidades em saúde.

    A proposta é a elaboração de projetos de pesquisa que problematizem a questão da vulnerabilidade de grupos populacionais especiais no contexto da determinação socioeconômica e cultural dos processos de saúde/doença.

  • Epidemiologia, vigilância e controle de doenças crônicas não transmissíveis.

    Reúne o conjunto de projetos que tem como objetos de investigação as doenças crônicas não transmissíveis e outros agravos de magnitude para a saúde pública.

  • Métodos e técnicas em epidemiologia aplicada à vigilância e controle de doenças transmissíveis

    Essa linha de pesquisa agrega projetos de pesquisa planejados e analisados a partir de teorias, conceitos, métodos e técnicas de estudos epidemiológicos aplicados à vigilância e controle de doenças transmissíveis. Os estudos utilizam abordagem do território/espaço ou acompanham grupos populacionais para a análise de determinantes e da dinâmica de transmissão de doenças, ou ainda se desenvolvem na rotina dos serviços de saúde.

  • Métodos e técnicas para diagnóstico, monitoramento e intervenção aplicados ao controle de endemias.

    Tem como objetivo o desenvolvimento de projetos de investigação em um largo espectro de atuação, incorporando novas tecnologias diagnósticas, desenvolvimento de vacinas, de inovação e estudos de intervenção voltados ao controle de endemias de magnitude para a saúde pública.

  • Violência e Saúde.

    Essa linha de pesquisa tem como propósito estudar as diversas formas de violência que repercutem na saúde de indivíduos e populações, e seus determinantes através dos estudos epidemiológicos de distribuição espacial, tendência, sua magnitude e fatores de risco associados.


Políticas de saúde

A área de concentração em Políticas de Saúde visa oferecer aos discentes um rico debate e o aprofundamento acerca das políticas públicas de saúde, com o enfoque no Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para aprimorar a capacidade de análise do contexto em relação aos avanços ou retrocessos do SUS, e contribuir para a compreensão dos processos de gestão e organização das instâncias gestoras, incluindo do processo de trabalho em saúde.

Suas linhas de pesquisa objetivam o aprofundamento das referências conceituais para o estudo de políticas públicas de saúde para propiciar a compreensão do histórico, organização, funcionamento e desafios do SUS, bem como a avaliação crítica da relação entre os modelos de atenção à saúde propostos e a evolução das políticas de saúde. 

Linhas de pesquisa:

  • Políticas, funções gestoras, sistemas de saúde e suas organizações.

    Esta linha tem por objetivo agregar projetos destinados ao estudo de questões relacionadas à gestão dos sistemas e serviços de saúde, incluindo aspectos da regulação de seu funcionamento, de seus custos e do financiamento do setor.

  • Avaliação de sistemas, programas e serviços de atenção e vigilância da saúde.

    Agrega projetos destinados à avaliação das políticas, da qualidade da atenção e da efetividade e eficiência de programas de saúde nos contextos local, regional e nacional.

  • Análise de políticas públicas de saúde

    Oferece uma visão geral do campo da análise de políticas públicas e apresenta ferramentas de aplicação de modelos de análise de políticas de saúde.


Saúde, ambiente e trabalho

Busca estudar os processos sociais e suas interações entre a saúde, os processos produtivos, o trabalho e o ambiente com ênfase na ecologia política, na internalização do ambiente no processo de determinação social da saúde e na atenção integral à saúde como os principais meios através dos quais a natureza é percebida, compreendida e transformada nos territórios e onde as situações de vulnerabilidades, resiliências, iniquidades, injustiças e de nocividades para a saúde são gerados.  

As disciplinas que compõem a área de concentração cuidarão a partir de uma perspectiva epistêmica, dos conceitos, das teorias e abordagens metodológicas e dos principais métodos e técnicas para análise das interações dos fenômenos da saúde humanas nos macros e microcontextos mediados por processos produtivo, de trabalho, pelo consumo e pela informação e comunicação, de onde emergem as situações geradoras de nocividades para a saúde e para o ambiente que requerem ações próprias das políticas públicas e de responsabilidade dos empreendedores, potencialmente poluidores.  

Terão prioridade os projetos de pesquisa que buscam dar respostas às demandas sociais de grupos vulnerabilizados e de políticas públicas para contribuir com a solução de problemas locais e regionais. Métodos sistêmicos e de pesquisa-ação, além dos clássicos desenhos quantitativos e qualitativos serão utilizados. 

Linhas de pesquisa:

  • Relação saúde, ambiente e trabalho nos territórios.

    Os projetos incluídos nessa linha de pesquisa têm como objetivo estudar a relação saúde, ambiente e trabalho a partir dos marcos conceituais da saúde coletiva latino-americana, da epidemiologia crítica e da determinação social do processo saúde-doença de populações fragilizadas. Adota uma perspectiva ecossistêmica e interdisciplinar, na perspectiva de subsidiar a promoção, prevenção e vigilância para o cuidado em saúde ambiental e saúde do trabalhador.

  • Vulnerabilidades e iniquidades sociais na relação saúde, ambiente, trabalho.

    Os projetos incluídos nessa linha de pesquisa buscam estudar as vulnerabilidades e iniquidades socioambientais nos territórios relacionadas a processos produtivos, grandes empreendimentos, águas, saneamento, agrotóxicos e outros. Orientam-se por referenciais teóricos e metodológicos da ecologia política, justiça ambiental, epidemiologia crítica, em uma perspectiva ecossistêmica, interdisciplinar, descolonial e com diálogos de saberes em territórios vulnerabilizados.