Autor: Rafael da Silveira Moreira
Abstract: Following the emergence of the COVID-19 pandemic, the number of infected Brazilian people has increased dramatically since February 2020, with Brazil being amongst the countries with the highest number of cases and deaths. Brazilian vaccination began in January 2021, aimed at priority groups. This study analysed the spatial and temporal evolution of vaccination in Brazil between the 3rd and 21st epidemiological weeks (EW) of 2021.
Resumo: Após o surgimento da pandemia de COVID-19, o número de brasileiros infectados aumentou drasticamente desde fevereiro de 2020, estando o Brasil entre os países com maior número de casos e mortes. A vacinação brasileira começou em janeiro de 2021, voltada para grupos prioritários. Este estudo analisou a evolução espacial e temporal da vacinação no Brasil entre a 3ª e a 21ª semanas epidemiológicas (SE) de 2021.
Autor(a): Louisiana Regadas de Macedo Quinino
Resumo: Análise espacial e temporal da interiorização da Covid-19 em Pernambuco, considerando-se os fatores socioeconômicos correlacionados. Estudo ecológico, março a junho de 2020. Geraram-se mapas a partir do coeficiente de incidência por município de residência para determinar a dinâmica espacial da Covid-19. Estudou-se a correlação entre indicadores socioeconômicos e o coeficiente nas regiões metropolitana do Recife (RMR) e interior. Suavizou-se este coeficiente e calculou-se o teste de Moran global. Os primeiros casos foram registrados em Recife e arredores. O caminho para a autoctonia se deu em municípios vizinhos e naqueles supridos por grandes rodovias. A maior incidência na RMR (640,22/ 100.000 hab) correlacionou-se à maior população e densidade demográfica e menor taxa de urbanização e IDH-M. No interior a incidência (361,29/ 100.000 hab) esteve correlacionada à maior população, densidade demográfica e taxa de urbanização, e menor área (p < 0,05). As áreas de maior risco concentraram-se na RMR, mas o interior apresentou áreas de transição, indicando tendência à interiorização (p < 0,05). Ter ciência do padrão de distribuição espacial da Covid-19, aliada aos fatores associados poderão contribuir para maior efetividade das ações de controle.
Autor: Rafael da Silveira Moreira
Resumo: A ausência de testagens em massa para o diagnóstico da COVID-19 gera a necessidade de conhecer a dimensão da doença por meio da sua sintomatologia clínica. O objetivo foi investigar o perfil de sintomas relacionados à COVID-19 e aspectos relacionados. Foi analisada a amostra de participantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-COVID19) realizada em maio de 2020. Foi realizada análise de classes latentes (ACL) com covariáveis sociodemográficas sobre 11 sintomas relatados por 346.181 indivíduos. Foram utilizados testes de Rao-Scott e análise de resíduos padronizados para mensurar a associação com o padrão de utilização dos serviços de saúde. Análise espacial de varredura foi realizada para identificar as áreas de risco para os casos de COVID-19. A ACL mostrou seis classes de sintomatologia, segundo o padrão de respostas dos indivíduos analisados: (1) todos os sintomas; (2) prevalência alta dos sintomas; (3) predominância de febre; (4) predominância de tosse/dor de garganta; (5) leves sintomas com predominância de dor de cabeça e (6) ausência de sintomas. Pessoas do sexo feminino, cor parda, provenientes das regiões Norte e Nordeste e em todas as três faixas etárias mais velhas apresentaram maior associação com a classe com todos os sintomas (classe 1). A maioria da procura por serviços também foi realizada por esse grupo de indivíduos, porém com distintos perfis de uso. A análise espacial mostrou sobreposição dessa classe com áreas de maior risco de casos de COVID-19. Os achados sustentam a importância da investigação dos sintomas, servindo para a identificação epidemiológica de possíveis casos em um cenário com baixa taxa de testagem populacional.
Autor(es): Rafael da Silveira Moreira, Lucas Fernando Rodrigues dos Santos, Marcos Henrique Oliveira Sousa
Resumo: Este trabalho expõe o processo de construção e os percursos históricos da Organização Mundial da Saúde (OMS), desde sua origem até o atual cenário político e epidemiológico, destacando seu papel no enfrentamento à Covid-19. Foi utilizada, como referencial metodológico, a revisão narrativa, através de busca de literatura em bases de dados diversas, sem restrição quanto à data de publicação. Inicialmente, foram identificados os elementos e processos que subsidiaram a criação da agência. Em seguida, para exemplificação, foram descritas as condutas da OMS diante da epidemia do HIV/Aids, considerada uma das mais importantes da história. Os conflitos políticos, econômicos e institucionais da organização são abordados na perspectiva das condutas adotadas na pandemia do novo coronavírus, classificado como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii). Além do escopo internacional, destacam-se as intervenções da agência no Brasil e o posicionamento do atual governo brasileiro frente à atuação da OMS na pandemia. Em síntese, vislumbra-se um cenário incerto quanto às decisões políticas que virão a ser adotadas pela agência, levando em conta o desafio de enfrentar a crise sanitária em meio a político-econômicas.
Autor(a): Marcelo Henrique Santos Paiva, Duschinka Ribeiro Duarte Guedes, Cassia Docena, Matheus Filgueira Bezerra, Filipe Zimmer Dezordi, Lais Ceschini Machado, Larissa Krokovsky, Elisama Helvecio, Alexandre Freitas da Silva, Luydson Richardson Silva Vasconcelos, Antonio Mauro Rezende, Severino Jefferson Ribeiro da Silva, Kamila Gaudencio da Silva Sales, Bruna Santos Lima Figueiredo de Sa, Derciliano Lopes da Cruz, Claudio Eduardo Cavalcanti, Armando de Menezes Neto, Caroline Targino Alves da Silva, Renata Pessoa Germano Mendes, Maria Almerice Lopes da Silva, Michelle da Silva Barros, Wheverton Ricardo Correia do Nascimento, Rodrigo Moraes Loyo Arcoverde, Luciane Caroline Albuquerque Bezerra, Sinval Pinto Brandao Filho, Constancia Flavia Junqueira Ayres, Gabriel Luz Wallau.
Resumo:
O surgimento do vírus SARS-CoV-2 na população humana causou uma pandemia mundial que ainda está no seu curso. Vários epicentros foram e continuam a surgir em diferentes países à medida em que a pandemia avança, primeiro em Wuhan na China, seguido da Itália, Estados Unidos e Brasil. Até o momento, o Brasil é o segundo país mais afetado pela pandemia porém, sequências genômicas do SARS-CoV-2 são restritas a somente alguns estados da nação. O estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil, é o sexto estado com mais casos diagnosticados de SARS-CoV-2 e o segundo na taxa de letalidade. Entretanto, inexistem genomas completos de alta qualidade deste Estado. Neste trabalho foram sequenciados 38 genomas de alta qualidade do vírus SARS-CoV-2 a partir de pacientes que apresentaram sintomas da Covid-19. As análises filogenéticas revelaram 3 linhagens circulando no estado e 36 genomas pertencem a linhagem B1.1. Nós detectamos duas introduções independentes a partir de países europeus e cinco clados corroborando com a transmissão comunitária entre diferentes municípios do Estado. Por último, nós detectamos que, com exceção de apenas um genoma, todos os outros continham uma mudança de aminoácido na proteína Spike D614G que pode impactar a capacidade infectiva viral em células humanas. Nossos resultados trouxeram novos insights sobre o espalhamento das linhagens de SARS-CoV-2 em um dos estados brasileiros mais impactados pela Covid-19.
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Breve resumo:
O comitê foi organizado em 9 subcomitês, sendo um deles o Subcomitê 9: Epidemiologia, modelos matemáticos e medidas de enfrentamento. Considerando a grande diversidade de temas deste subcomitê, o mesmo foi organizado em dois grupos, o de epidemiologia e o de modelos matemáticos. O SC de epidemiologia é composto por quatro membros do Comitê (Mauricio Barreto, Sinval Brandão Filho, Antônio Tanta Lima e Adélia Pinheiro) ao qual se agregou um grupo de epidemiologistas da região.
O SC de Epidemiologia focou sua ação em três grandes objetivos: 1) entender as diferenças e similaridades da epidemia nos diversos Estados da região; 2) Definir parâmetros para identificar, com maior precisão, o momento para suspensão das medidas de distanciamento social e as medidas necessárias para sua implementação; 3) verificar se a situação epidemiológica atual da epidemia permite que a flexibilização do distanciamento social seja iniciada.
Entrevista realizada com o Drº Sinval Pinto Brandão Filho
Para acessar o material completo, clique em > A expertise do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE) no combate à Covid-19
Autor(a): Rafael da Silveira Moreira
Resumo: O acelerado aumento do número de casos de doença pelo novo coronavírus (COVID-19) exige que os países aumentem as vagas nas unidades de terapia intensiva (UTI). Doenças respiratórias, neoplasias, cardiopatias, hipertensão e diabetes aumentam sua letalidade. O estudo objetivou identificar tanto as regiões com as maiores taxas de mortalidade específica por essas doenças quanto as com maior escassez de UTI e ventiladores pulmonares. Foi realizado um estudo ecológico transversal, as unidades de análise foram as Regiões de Saúde no Brasil. A fonte de dados foi o Departamento de Informática do SUS - DATASUS (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - 2019, Sistemas de Informação de Mortalidade - 2017 e Projeções Populacionais - 2017). Foram calculadas as taxas por 100 mil habitantes de mortalidade específica para hipertensão, neoplasias, diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, leitos de UTI total, leitos de UTI privados, leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) e ventiladores do SUS. O perfil de mortalidade foi determinado pela análise de perfis latentes, e a análise de clusters dos leitos e ventiladores foi feita pelo método de varredura espacial. Mapas de Kernel foram construídos para a visualização dos dados. O nível de significância foi de 5%. Observou-se quatro perfis latentes de mortalidade. As regiões de saúde com as maiores médias na mortalidade estão localizadas em regiões cuja escassez de leitos de UTI e de ventiladores foi visualizada, especialmente, em partes das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. A localização espacial das regiões com maior mortalidade e com escassez de leitos de UTI/ventiladores requer a atenção dos gestores e planejadores públicos, para o enfrentamento eficiente e equânime da epidemia no Brasil.
Autor(a): Tereza Magalhaes, Karlos Diogo M. Chalegre, Maria Cynthia Braga, Brian D. Foy.
Resumo: Nesse Editorial, pontuamos e discutimos alguns dos grandes desafios enfrentados pela população e pelas autoridades de saúde no Brasil em relação às infecções por arbovírus, incluindo a ocorrência de epidemias simultâneas como a atual pandemia de SARS-CoV-2/COVID-19.
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