Abertas as comemorações dos 74 anos do IAM

Uma celebração leve e participativa marcou o início da semana de aniversário dos 74 anos do Instituto Aggeu Magalhães / Fiocruz Pernambuco. Nesta segunda-feira (02/09), o clima foi de confraternização, com palestra, música e bolo dos parabéns, nessa conceituada instituição de ensino e pesquisa. 

As perspectivas da Ciência, Tecnologia e Inovação na Saúde Pública estiveram em debate na apresentação de abertura, feita pelo presidente da Fiocruz, Mario Moreira. Realizada no auditório Frederico Simões Barbosa, a exposição foi prestigiada pela comunidade da instituição e convidados. 

Moreira convidou a plateia a refletir sobre o passado e o presente da Fiocruz, projetando para o futuro da instituição. Nesse espírito, o gestor apontou as desigualdades existentes no país e a necessidade de ter um sistema de ciência e tecnologia forte, que consiga produzir soluções para a sociedade não apenas na perspectiva do desenvolvimento econômico, mas também do social. “Nós ainda vivemos essa chaga da desigualdade, herança do nosso modelo de desenvolvimento colonialista e que hoje faz com que as grandes questões da saúde se manifestem de forma diferente dependendo da população do território ao qual nós nos referimos. Cada vez é mais evidente, mesmo para os negacionistas, que a saúde é algo social e ambientalmente determinado”, explicou. 

Para ele são condições para o fortalecimento do sistema de CT&I os investimentos não apenas no custeio das atividades, mas também em infraestrutura e equipamentos, além do reconhecimento dos trabalhadores, seja nas políticas salariais, seja nos planos de carreira. Tudo isso atrelado ao papel do Governo Federal de estabelecer prioridades. E deu o exemplo: “Nós da Fiocruz temos como prioridade a saúde da população brasileira”. 

Ao longo de sua exposição, o presidente apontou paradoxos e desafios que precisam ser enfrentados neste setor e novos campos nos quais a Fundação está se preparando para atuar. Em diversos momentos, Moreira exaltou a qualidade do trabalho desenvolvido no IAM. Como, por exemplo, ao destacar a inovação representada pela implantação do Doutorado Profissional em Saúde Pública (em 2020) e a participação do instituto no Centro de Inteligência Epidemiológica e Pandemia da OMS, situado em Berlim, e no Strategic Advisory Board da Rede Pasteur, com o pesquisador Gabriel Wallau e o bioinformata Túlio Campos.

Ao final da palestra foi aberto espaço para as interações com o público, momento em que a pesquisadora do IAM e coordenadora do projeto SuperSUS, Islândia Carvalho (na foto com Mario Moreira), falou sobre os resultados de sua equipe no desenvolvimento de jogos e aplicativos com o apoio de editais da Fundação, destacando a importância da ampliação e redistribuição dos recursos.

O diretor do IAM e anfitrião do encontro, Pedro Miguel Neto, acolheu a todos de forma descontraída. O diretor lembrou os primórdios da criação do Núcleo de Saúde Coletiva (Nesc) do IAM - hoje Departamento de Saúde Coletiva - durante a presidência de Sérgio Arouca na Fundação e ressaltou a escolha feita para a formação da mesa, composta exclusivamente por instituições ligadas ao Ministério da Saúde. 

A partir da esquerda: a presidente da Hemobrás, Ana Menezes; o diretor do IAM, Pedro Miguel Neto; o presidente da Fiocruz, Mario Moreira;

a representante da Superintendência do Ministério da Saúde em Pernambuco, Roberta Amorim e o diretor da Fiocruz Paraná, Stenio Perdigão Fragoso. 

As vozes e batuques do coral percussivo Elza Soares, composto por trabalhadores e estudantes do IAM, marcaram o encerramento da atividade no auditório. Em seguida todos apreciaram um brunch que foi servido no refeitório, seguido do corte do bolo de aniversário, que ficou a cargo das pesquisadoras Alzira Almeida (IAM) e Margareth Dalcolmo (Ensp).

À tarde as comemorações prosseguiram com uma oficina de fotografia com celular ministrada pela jornalista da Ascom Letícia Ferreira a trabalhadores e estudantes inscritos. Saiba mais sobre a oficina na matéria aqui no site.